Na forma proposta por Michel Temer, a quem interessa?
Estamos hoje, 06/06/2017, acompanhando as discussões sobre esse tema na CAE – Comissão de Assuntos Econômicos no Senado Federal e acompanhando o pronunciamento do Senador Paulo Paim (PT-RS), vemos que pelas propostas, querem extinguir os sindicatos da defesa dos seus trabalhadores e com isso deixar os trabalhadores totalmente sem uma entidade que lute por melhores condições de trabalho, pela ampliação dos direitos e por melhores salários, ou seja, voltando ao tempo da escravidão, da chibata.
Vemos que muitos trabalhadores iludidos pela proposta de não contribuírem para a manutenção de suas entidades, não sabem o que pode acontecer se não existir o sindicato. Isso interessa aos empresários que tem à sua disposição a arrecadação do sistema “S”, que arrecada para as entidades patronais, muito mais que a contribuição sindical.
Pelas propostas também querem reduzir a ação da Justiça do Trabalho, proibindo que em certos casos os trabalhadores que se sentirem lesados não possam recorrer à Justiça do Trabalho.
Na verdade, o projeto de reforma trabalhista proposto com a justificativa de modernização das relações do trabalho, é um engodo e quem perde e muito são os trabalhadores enquanto os empresários nadam de braçadas com esse governo ilegítimo.
Não podemos de forma alguma concordar com isso. Estamos participando ativamente nas lutas dos diversos sindicatos, das centrais sindicais em Brasília para que o rolo compressor do Michel Temer e seus aliados não nos atropelem.
Ano que vem teremos eleições e os trabalhadores precisam estar atentos aos deputados e senadores que votam contra os direitos dos trabalhadores. Precisamos reverter o quadro atual do Congresso Nacional, onde os empresários e latifundiários são a maioria.
É preciso repensar pois sempre ouvimos frases como: “TRABALHADOR NÃO VOTA EM TRABALHADOR” ou “ MULHER NÃO VOTA EM MULHER”, com isso continuam sendo eleitos aqueles que só defendem os interesses dos grandes grupos econômicos.
Pensemos nisso!
Antônio Carlos Francisco dos Santos
Presidente