IMPASSE NAS NEGOCIAÇÕES SALARIAIS

Infelizmente mais uma vez as negociações salariais não avançaram. Depois de duas reuniões, dias 23 e 29 de janeiro, as propostas da classe patronal não agradaram aos trabalhadores. Com isso fica a constatação: os patrões não valorizam seus trabalhadores. Os salários pagos aqui continuam bem abaixo dos salários pagos em outras regiões do Brasil.

Nas reuniões ponderamos pela valorização dos trabalhadores do setor, pois pelos salários de miséria que são pagos aqui, está provocando o êxodo de trabalhadores e trabalhadoras para outras categorias, lamentavelmente, na nossa visão, os empresários do setor não querem ver isso. Vemos a cada dia nos anúncios em rádios, jornais e mesmo aqui no quadro de avisos de emprego, a dificuldade das empresas encontrarem trabalhadores para suas empresas. Enquanto uma costureira recebe R$ 738,00 por mês, uma diarista com preço mínimo, de R$ 70,00 por dia, ao final do mês, numa média de 22 dias trabalhados, vai receber R$ 1.540,00. É muito triste isso.

Qual é o incentivo de uma costureira em BH e Região quando vê que uma costureira em São Paulo tem um salário mínimo de R$ 1.016,97 desde julho de 2013, enquanto aqui os patrões propõem R$ 765,74? Enquanto representantes dos trabalhadores, não podemos compactuar com baixos salários. Esperamos que os empresários, através do SINDVESTMG – Sindicato das Indústrias do Vestuário de Minas Gerais repensem essa situação e melhorem sua proposta.

Fica a pergunta: QUAL COSTUREIRA VAI TRABALHAR COM SATISFAÇÃO E PRODUÇÃO SE NÃO É VALORIZADA?

A Diretoria